sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pernambuco; imortal, imortal!


Ser Pernambucano antes de tudo não é uma condição geográfica, é um estado de espírito. Eu diria que ser Pernambucano vai além de um alto ego absurdo e sem nexo. Ser Pernambucano é ter orgulho de seu estado em forma de suas belezas naturais, de sua cultura e de seu povo. Ser pernambucano antes de qualquer coisa é ter a chamada “Pernambucanidade” correndo em suas veias e em seus pensamentos a toda hora do dia. É um orgulho tão ensurdecedor quanto o grave das alfaias em noites de Maracatu. É ferver de nostalgia ao pular um belo frevo, é levar a vida na “Cirandagem”... É nunca perder tempo com coisas mesquinhas e fúteis. É ser um brincante de Cavalo Marinho nessa vida tão seria e cheia de armadilhas. Ao mesmo tempo, ser Pernambucano é ter peito e coragem para tomar decisões difíceis na hora certa e assim como um bom Baião, ser forte e estar sempre preparado para as voltas que a vida dá. Pernambucano é aquela pessoa faz questão de cantar o hino do estado (nem que seja só o refrão). É o sujeito que sente um forte arrepio na espinha quando vê a mais bela bandeira estadual tremulando na sacada de um dos inúmeros casarões seculares da cidade de Olinda. Ser pernambucano é se maravilhar de ver (mesmo que poluídos), os rios Capibaribe e Beberibe encontrarem o mar.

Em cada centímetro dos 98.311 km², história e cultura se encontram. No que tange a história, temos um legado de revoltas e resistência que só vem a ressaltar o quanto nosso povo é guerreiro e heróico. Um bom exemplo disso é a Insurreição Pernambucana (1645-1654), a Guerra dos Mascates (1710-1714), a Revolução de 1817, a Confederação do Equador em 1824, a Guerra dos Cabanos (1832-1835) e a Revolução Praieira (1848-1849).

No campo cultural temos o melhor São João do mundo (apesar das controvérsias). Temos também um circuito do frio invejável, a maior feira ao ar livre da América Latina. Pastoris, Quadrinhas Juninas, a maior encenação teatral ao ar livre do mundo, Bumbas meu Boi, Cortejos de Maracatus, Cocos, Caboclinhos, Missas do Vaqueiro, o Galo da Madrugada (maior bloco do mundo), os Papangús, toadas de Cavalos Marinho, desafios de Violeiros e Repentistas dentre várias outras manifestações ao longo do estado. Literatura, Artesanato, e simpatia também são nosso forte, em nosso estado até um castelo tem! 

Se comparado a um animal, Pernambuco se iguala a um garanhão reprodutor. Pois, em seu território nasceram e se criaram figuras políticas, artísticas e culturais ilustríssimas como: Luiz Gonzaga, Virgolino Ferreira (o Lampião), Luiz Inácio “Lula” da Silva, Chico Science, Mestre Vitalino, Mestre Salustiano, Siba, o “velho guerreiro” Chacrinha, João Cabral de Melo Neto, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Joaquim Nabuco, Frei Caneca, Manuel Bandeira, Francisco Brennand, Gilberto Freyre, Josué de Castro, Capiba, Dominguinhos e tantos outros nomes que só vem a enriquecer e abrilhantar mais ainda a exuberante constelação do nosso estado.

Não sei se existe algum Pernambucano que não se incomode quando escuta falarem mal de seu estado. Há quem nos defina como megalomaníacos. Porém, se é pra ser um megalomaníaco Pernambucano... É, acho que sou isso mesmo!

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