Provavelmente de origem Chinesa, a Xilogravura é uma das primeiras formas de impressão já feita pelo homem. Se as primeiras civilizações da África e do Oriente Médio (Sumérios e Egípcios) inventaram as escritas cuneiforme e Hieróglifos talhando-as em blocos de argila, séculos depois, os orientais criaram um sistema de impressão artesanal chamado Xilogravura. A Xilogravura nada mais é que algum desenho ou escrita talhada em peças de madeira na forma de relevo, podemos dizer que essa técnica é a versão primitiva das primeiras prensas, muito se assemelhando aos carimbos de hoje em. Os próprios egípcios conheciam a técnica de Xilogravura, porém a usavam para estampar tecidos. No Oriente (China e Japão) era usada para propagar escritos budistas. Mas é no continente europeu que a Xilogravura se expande contidas desde imagens sacras em papeis até cartas profanas de baralho. É a partir do século XV (1401-1500), que as “Xilos” começam a ter seu uso em maior escalas, pois, até então os livros eram escritos e ilustrados a mão. Com as prensas moveis desenvolvidas por Gutemberg as xilogravuras se resumiram as ilustrações apenas de imagens e não mais de palavras. A arte da Xilogravura tem meu ápice no período que vai do final da Idade Média e inicio da Idade Moderna, mas especificamente de 1450 a 1550. Pode ser elaborada de duas formas, na forma tradicional (preto-branco) ou colorido (vermelho, verde, amarelo e azul).
Para se fazer uma Xilogravura é necessário que se talhe um desenho em um bloco de madeira utilizando ferramentas cortantes sobre a peça matriz, deve-se lembrar que as “fendas” não serão pintadas, só serão pintadas as partes que permaneceram em relevo, vale lembrar que na técnica de Xilogravura o desenho é espelhado, ou seja, tudo fica ao contrário. Ex: Se você for fazer letras, faça ao contrário. Após talhada, pinte a madeira com um rolinho-pincel de forma uniforme. Feito isso, é só fazer pressão manualmente sobre uma folha, retirar com cuidado e esperar secar. Está pronta sua Xilogravura!
Abaixo, alguns dos Xilogravuristas mais conceituados do Nordeste:
J. Borges, Abraão Batista, José Costa Leite, amaro Francisco, José Lourenço, Gilvan Samico, Ciro, Dila, Marcelo Soares, Sales Barros, lucena, João Pedro do Juazeiro entre tantos outros.
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